LEMBRA DA GAROTA LUCÉLIA RODRIGUES TORTURADA PELA MÃE ADOTIVA ? VEJA COMO ELA FICOU LINDA!

A menina que superou a tortura

Depois de ser torturada e sofrer maus-tratos, Lucélia da Silva agora é uma adolescente alegre, sorridente e apegada ao pai

O sorriso aberto, a simpatia encantadora e o apego com o pai tentam minimizar as cicatrizes de uma adolescente que há 4 anos e 3 meses era torturada e sofria maus-tratos em um apartamento de luxo, no Setor Marista, em Goiânia. Os sinais da agressão permanecem quase imperceptíveis no corpo da estudante Lucélia Rodrigues da Silva, mas na memória ainda persistem cenas de um passado tenebroso que a garota de 16 anos tenta apagar da sua vida (quadro acima).
Uma sequência de contatos por telefone nas últimas duas semanas antecedeu o reencontro com a adolescente, marcado conforme a disponibilidade dela. Descontraída e muito vaidosa, Lucélia conversou com O POPULAR na área de sua casa, sentada ao lado do pai, o autônomo Lourenço Rodrigues Ferreira, de 37 anos. Eles moram no Setor Palmares, em Trindade, na região metropolitana da capital, e mantêm relação de cumplicidade. “Gosto do meu pai porque ele não é chato, parece outro menino junto com a gente. É um amigo que também é pai.”
“Lucélia é namoradeira e custosa. Quando pede para sair, já está lá fora saindo”, brinca Lourenço, reconhecendo que poderia ter sido mais atento para evitar o drama que a filha passou. “Não tem como esquecer a tortura, mas precisamos levar a vida. Todas as vezes que a Sílvia veio aqui parecia uma pessoa boa.”
Sílvia Calabresi Lima é o nome da ex-empresária de 46 anos, condenada por ter torturado Lucélia, com a ajuda da empregada Vanice Maria Novais e omissão do ex-marido, o engenheiro Marco Antônio Calabresi, também sentenciados. O caso deu uma reviravolta na vida dos três (leia reportagem nesta página). “A Sílvia me trazia em casa e dizia que, quando eu chegasse aqui, era para ficar só perto dela ou entrar dentro do carro e dizer que estava passando mal”, lembra a estudante.
Infância massacrada
Lucélia tinha 10 anos quando foi entregue pela mãe, Joana d’Arc da Silva, por dinheiro, à ex-empresária. “No começo, eu tinha tudo, roupas, presentes, comida”, diz. Mas a menina passou a ser explorada como doméstica e, com as agressões, torturas e maus-tratos, teve a infância massacrada. “Eu achava a Sílvia bonita. Depois ficou feia, má, rigorosa. Nossa! Muito feia!”, conta, antes de sair para atender ao namorado ao celular.
Depois de um vizinho de Sílvia denunciar o caso, em março de 2008, a garota foi liberta do cárcere. Morou cinco meses no Centro de Valorização da Mulher (Cevam) e, em seguida, mudou-se para Belo Horizonte (MG), para viver com uma pastora que conseguiu a guarda na Justiça. Lucélia não aguentou a saudade do pai e voltou para Goiânia. Contato com a mãe, que mora em Pires do Rio, só por telefone.
Os dois principais sonhos da adolescente é se formar em Direito e, futuramente, ser mãe. “Quero ter três filhos”, ressalta. “Antes, eu queria ser médica ou professora, mas, depois de tudo que passei, quero estudar para defender direitos de crianças e adolescentes”, diz. Aos 18 anos, ela poderá sacar R$ 290 mil pelos danos morais, estéticos e trabalhistas.

Lucélia com o pai, Lourenço Rodrigues Ferreira, em sua casa.



Lucélia com o pai
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